quarta-feira, 9 de julho de 2014

Treinamento - Movimentos Funcionais

"movimentos funcionais trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempo e ensinam a sincronizá-los"

MOVIMENTOS FUNCIONAIS
São semelhantes aos movimentos que você faz na vida cotidiana ou esportiva, e que, portanto, ensinam o corpo a  "funcionar" corretamente. Se você costuma frequentar boas academias e reparar nos tipos de movimentos que estão sendo executados, já deve ter reparado nos aparelhos de resistência ou nos exercícios com pesos livres.
As atividades isoladas vêm de regimes  de musculação e concentram-se em apenas um grupo muscular por vez. Elas incluem rosca bíceps, crucifixo peitoral, elevação lateral de ombro,  extensão de joelho, , exercícios para parte posterior da coxa e assim por diante.  O problema é que seu  corpo não funciona dessa forma naturalmente e , portanto,  não aprende o modo adequado de se mexer.
Máquinas de resistência, por outro lado, ditam o caminho do movimento e também não ensinam a usar o corpo corretamente. Sentar-se em um aparelho e puxar ou empurrar peso não o prepara para situações reais, em que você estaria de pé, usando todo o seu corpo para se estabilizar e realizar  movimentos. Já os movimentos funcionais são compostos , multiarticulares , trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempo e ensinam a sincronizá-los. Eles exigem estabilidade do core, equilíbrio e coordenação para trabalhar corretamente.
Os movimentos funcionais podem ser divididos em três categorias principais:
Exercícios de peso corporal
Levantamento de peso
Treinamento aeróbico
PESO CORPORAL
Aprender a controlar o seu corpo em várias posições e diferentes padrões de movimento desenvolve a estabilidade do core, a força, a resistência, a coordenação, o equilíbrio e a agilidade. Exercícios comuns incluem: flexões de braço, agachamentos, abdominais, puxadas entre outros.

LEVANTAMENTO DE PESO
Aprender a controlar objetos externos é um desafio diferente, que oferece suas próprias recompensas. Geralmente, o início é na aprendizagem de alguns movimentos como agachamento,  supino, levantamento terra e ombro, que são excelentes para  o desenvolvimento de força.
Para variar e aumentar os ganhos no desenvolvimento, treinar com kettlebell também é excelente. A natureza mais dinâmica  dos movimentos realizados com esse equipamento desenvolve grande estabilidade do core, além de aumentar as demandas metabólicas do exercício.
O levantamento olímpico (arremesso e movimento de peso) é inigualável na sua capacidade de desenvolver força e velocidade. Embora seja muito mais técnico, valem a pena os anos de prática para dominá-lo. A extensão poderosa do quadril é necessária para a maioria dos esportes, e essa é a melhor forma de treinar para isso.

TREINAMENTO AERÓBICO
Se, atualmente, seu treino é apenas de resistência muscular, você só tem a ganhar com a inclusão de exercícios cardiovasculares para desenvolvê-la. Corrida, ciclismo, natação, salto e remo são escolha óbvias, mas você pode fazer boxe, artes marciais, dança ou qualquer outra atividade que te deixe sem fôlego.
Existe também o condicionamento "metabólico" , que une treinos de resistência muscular e cardiovasculares, e ensinam a incorporar um treino aeróbico ao seu treino de peso.

FORMA E FUNÇÃO
O melhor conselho para quem quer incluir movimentos funcionais em seus treinos é encontrar um bom preparador físico personal trainer, com experiência em movimentos funcionais. Este profissional irá acompanhá-lo, observando e corrigindo a execução dos movimentos e do programa de treinos, visando melhorar sempre a sua técnica e condicionamento.

"se tudo isso é novidade para você, adquira uma técnica consistente antes de aumentar a intensidade de seu treino".

terça-feira, 8 de julho de 2014

Treinamento - Atalhos para ficar em forma!

Você não precisa gastar minutos extras na academia para desfilar bumbum, abdômen e braços tonificados. Truques simples vão ajudá-la a perder peso e esculpir o corpo.

ELE VOA. É CURTO. E PARECE QUE NUNCA JOGA A SEU FAVOR. ESTAMOS FALANDO DO TEMPO. Você pode culpá-lo - ou , precisamente, a falta dele - por atrapalhar seus objetivos, mas ele não é um obstáculo para o corpo dos seus sonhos.  As últimas pesquisas têm mostrado que para ficar com as pernas malhadas, a barriga chapada e o bumbum durinho não são necessárias sessões intermináveis de ginástica ou horas de treino nos equipamentos da musculação.
O truque é suar a camiseta de maneira eficiente e, muitas vezes, por um período até mesmo mais curto do que você está acostumada.  De acordo com um estudo da Universidade de McMaster, no Canadá, pessoas que praticaram treinos intensos e rápidos por 90 minutos semanais ficaram tão em forma quanto aquelas que malharam com menos intensidade durante 4 horas e meia por semana.
Estes pequenos atalhos vão maximizar seus preciosos minutos na hora do treino.

AQUEÇA OS MOTORES DE MANEIRA ESPERTA
Ao invés de uma demorada corrida na esteira para aquecer o corpo antes da atividade física, fazer 20 polichinelos eleva a temperatura corporal, lubrifica as articulações e aumenta a frequência cardíaca - fundamental antes da malhação. Um estudo do periódico Journal of Applied Physiology mostrou mais uma razão para não exagerar: aquecimentos prolongados causam fadiga e atrapalham a performance do que vem seguir.

PREPARE UMA BOA PLAYLIST
A música eleva o ânimo, o que automaticamente melhora o desempenho na malhação. Para aumentar a intensidade e, por tabela, a eficácia de seu treino, o ideal são músicas que tenham entre 125 e 140 batidas por minuto e letras animadas. Essa é a recomendação do psicólogo do esporte Costas Karageorghis, da Universidade de Brunel, Reino Unido, que estuda o impacto da música sobre a malhação há 20 anos.
Algumas músicas sugeridas por ele são:
Moves like Jagger, de Maroon 5 e Christina Aguilera (128 bpm)
The Time (Dirty Bit), do Black Eyed Peas (128 bpm)
Jai Ho (You are my destiny), de A.R.Rahman e The Pussycat Dolls com Nicole Scherzinger (137 bpm).

MUDE O TREINO COM FREQUÊNCIA
Quando  os resultados deixam de aparecer, a primeira idéia que vem a cabeça é ficar mais tempo sobre a esteira ou o elíptico. Esqueça. Séries curtas de ritmo  intenso a muito intenso queimam tanta gordura (ou mais) quanto as leves e prolongadas. Troque o treino com frequência, incorpore rotinas HIIT, antes que o treino esteja estagnado. Sujestão de alguns ajustes simples como aumentar a inclinação da esteira, diminuir os intervalos de repouso, entre outros fazem a diferença.

BUSQUE A INSTABILIDADE
Exercitar-se sobre uma superfícies instável, como bosu ou mesmo a  UGIBall  proporcionam que o corpo recrute mais os músculos do core para manter a estabilização. O core compreende a área do abdomên, da lombar e dos quadris.

TRABALHE DE FORMA MULTIARTICULAR
Ao invés de insistir em exercícios monoarticulares, aposte em exercícios que recrutem vários grupamentos musculares.

INTENSIFIQUE O CARDIO
Devagar e sempre não é o lema no que diz respeito a músculos torneados. Mulheres que pedalaram por 20 minutos alternando a intensidade do exercício perderam três vezes mais gordura do que aquelas que praticaram a mesma atividade por um período maior. Foi o que constataram pesquisadores da Universidade de New South Wales, na Austrália. Treinos intervalados que alternam pequenos períodos de intensidade alta e outros mais lentos para recuperação são uma das melhores maneiras de transformar o organismo em uma máquina de queimar gordura - e ainda gastam menos tempo. Tente esse: depois de um aquecimento , faça um tiro de 30 segundos o mais forte que aguentar e, em seguida, trote por 90 segundos. Repita  a sequência seis vezes e, então, desacelere por 5 minutos.

DÊ UMA FORÇA PSICOLÓGICA PARA SI MESMA
O ato de repetir para si mesma mantras de motivação como "vamos nessa" ou " você consegue", melhora o desempenho no treino, de acordo com uma revisão de estudos publicada no periódico americano Perspective on Psychological Science.

AUMENTE A AMPLITUDE DO MOVIMENTO
Execute os exercícios com a maior amplitude que puder.

Fonte adaptada de WH guia de treino 2014

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Alimentação - Aprenda a comer!

MUITO PROVAVELMENTE VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE COMO SEM SE PREOCUPAR COM A QUALIDADE DOS ALIMENTOS INGERIDOS, certo? A questão é que , em algum momento, essa alimentação inadequada vai surtir efeito, causando problemas de saúde e excesso de peso. E daí, como resolver isso? A maioria das pessoas diria que fazer uma dieta seria ideal e, de certa forma, tem razão. Porém, depois de um tempo, a dieta acaba e a alimentação volta a ser como era antes. E é exatamente nesse ponto que está o erro. Emagrecer deve ser uma atitude definitiva e só é possível reeducando o metabolismo. E como fazer? Adquirindo hábitos saudáveis e tendo uma alimentação mais balanceada.

O QUE É REEDUCAÇÃO ALIMENTAR?
"É um conceito amplo, que envolve a formulação de várias dietas no decorrer do tempo, conforme ocorrer a evolução do paciente com a sequência do tratamento" , explica Noadia Lobão, especialista em nutrição. Em outras palavras, pode-se dizer que a reeducação alimentar tem como objetivo ensinar a comer bem e, com isso, proporcionar um emagrecimento saudável.
Quando a pessoa está disposta a fazer essa mudança, precisa ter em mente que não é  obrigada a deixar de comer nenhum alimento, contudo, é fundamental observar a quantidade e a variedade daquilo que for consumir. " A reeducação alimentar consiste no processo de transformação e mudanças favoráveis a hábitos alimentares saudáveis, mas sem esquecer a individualidade e o prazer em comer bem" esclarece  a nutricionista Ana Raquel Bucar. Ou seja, esse processo proporciona conhecimento para que se possam fazer escolhas no dia a dia, como em um restaurante, em uma festa e um bar ou outras situações do tipo.

POR OUTRO LADO....
A dieta,na verdade, é uma restrição.  Como assim? Pode ser de sódio, no caso de uma pessoa com hipertensão arterial ou de açúcar para pessoas que sofrem co o diabetes, mas também de calorias para quem deseja perder peso. "Além disso,  a dieta  tem a proposta de ter início e fim, ao contrário da reeducação alimentar, que visa não só o emagrecimento, mas uma manutenção do peso posteriormente", acrescenta Ana Raquel.
É importante entender que fazer uma dieta não é a mesma coisa que passar fome e que redução calórica muito radical também não é a solução para emagrecer. Isso porque a ausência de calorias pode acarretar perda de nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Por isso é aconselhável que qualquer dieta seja prescrita e acompanhada por um especialista.

HORA DE COMER
Diferentemente do que ensinam várias dietas, fazer diversas alimentações ao longo do dia é o mais adequado para conseguir atingir a meta do emagrecimento. " A reeducação alimentar preconiza o comer a cada 3 horas. Embora isso também seja de cada pessoa, não só pelo fato da ingestão aumentar o metabolismo pelo processo da digestão e absorção do alimento, mas sim para não chegar à refeição com fome", conta Ana Raquel.
Porém é necessário levar em consideração parâmetros bioquímicos e aspectos da vida cotidiana de cada pessoa para determinar a quantidade de alimentos que deve ser ingerida.  Segundo Noadia, a exclusão ou inclusão de alimentos será feita de acordo com esses parâmetros, que são únicos para cada ser humano. "Nos casos em que a limentação pode ser fracionada, ela apresenta resultados superiores na obtenção dos objetivos nutricionais", finaliza Ana Raquel.

NO TEMPO CERTO
Se você está buscando a perda de peso, escolha a reeducação alimentar em vez das dietas. Embora seja um processo mais lento, a reeducação alimentar traz resultados permanentes e consistentes, além de mais saudáveis. Por isso, vale ter um pouco de paciência para emagrecer com saúde.


Fonte: Revista Reeducação Alimentar ano 2, nº3 2014

Texto Larissa Tomazini

Treinamento - HIIT Treinamento Intervalado de Alta Intensidade

DESDE QUE EU INCORPOREI AS ROTINAS HIIT AOS MEUS TREINOS SIMPLESMENTE NÃO CONSIGO MAIS PARAR OU PENSAR EM UMA SESSÃO SEM QUE HAJA AO MENOS UM TABATA. HIIT são motivantes, são desafiadores e eu realmente adoro isso.Basicamente um protocolo padrão HIIT envolve períodos de alta intensidade (tipo “botar os bofes pra fora” realizando o máximo de repetições possíveis) alternados com períodos de descanso ativo (baixa intensidade) ou pausa total.
Ocorre que esses intervalos de alta intensidade são normalmente realizados acima do limiar de lactato, perto do VO2max , em seguida, conduzidos  a um ponto um pouquinho antes do aparecimento da fadiga volitiva (aquela que te obriga a parar porque não aguentar mais).  Esse período de alta intensidade é, então, seguido por um período de recuperação de baixa intensidade ou mesmo de pausa total, isso  para permitir que o corpo tenha como tamponar e limpar o ácido lático a partir do sangue , possibilitando assim que o indivíduo se recupere e consiga realizar um outro intervalo de alta intensidade.
Ácido lático?   Só para relembrar a via metabólica utilizada para a obtenção de energia (ATP) em protocolos HIIT é a anaeróbia lática, que utiliza como substrato a glicose , é mais potente e libera sim o acido lático depois de alguns segundos.

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE
Os programas de treinamento tradicionais que se concentram na  atividade aeróbica de baixa a moderada intensidade e grande volume tem como base a utilização do substrato gordura para a produção de energia.
Isto faz sentido, porque quanto maior a duração de uma atividade,  tanto maior será a quantidade de percentagem relativa de calorias usadas e que nesse caso vêm mesmo das gorduras. 
Por outro lado, HIIT proporciona vantagens sobre o treinamento aeróbio tradicional. Pesquisas indicam que as adaptações cardiovasculares ao exercício dependem da intensidade e melhorias na função cardiovascular  e essas, através de HIIT, podem ser superiores quando comparadas com os protocolos de treinamento mais tradicionais ( 6,12). HIIT mostrou grandes melhorias no VO2max , função endotelial , PA,  contratibilidade cardíaca e sinalização de insulina quando comparado com treinamento de intensidade baixa a moderada e longa duração ( 5,6,10 ) . Isto tem implicações importantes, não só para talvez prevenir o aparecimento da doença cardiovascular, mas também potencialmente em reverter o risco de certos co-morbidades para aqueles que sofrem de desordens cardíacas e metabólicas.

HIIT também demonstrou ser superior para aqueles que tentam perder peso. Embora o treinamento de intensidade moderada e volume grande ( especialmente na chamada "zona de queima de gordura " ) resulte em um aumento da porcentagem de gordura queimada durante um treino , já sabemos que não é isso que importa e sim o gasto calórico total e a lipólise (ou seja , quebra de gordura ) e que são substancialmente maiores em treinamentos com protocolo HIIT (efeito EPOC).  Os efeitos resultantes na perda de gordura são significativos. Isso ficou evidente no estudo de Tremblay et al . (11) , que comparou dois grupos de sujeitos : um grupo de resistência treinado contra um grupo HIIT treinado. Apesar de um gasto significativamente mais baixo de energia do treino HIIT no final do estudo, os participantes no grupo HIIT experimentaram uma maior redução de até 9 vezes na espessura das dobras cutâneas . Vários fatores parecem contribuir para esta vantagem lipolítica . Por um lado, HIIT aumenta o potencial do corpo para usar lipidos como substrato energético para uma extensão maior do que o exercício aeróbico em estado estacionário, com um aumento da regulação positiva de enzimas responsáveis ​​pela beta- oxidação ( 11). Há também um aumento da resposta do hormônio do crescimento atribuído ao HIIT , provavelmente mediada por meio do acúmulo de lactato significativo associado a este tipo de treinamento (4). Além disso, HIIT aumenta o grau de excesso de consumo de oxigénio pós-exercício (também conhecido como o " Afterburn " - EPOC), o qual tem sido mostrado  ser positivamente correlacionado com a intensidade do exercício (1).
Em mais um estudo com protocolo HIIT  ficou demostrado que:
7 sessões de HIIT realizadas durante 2 semanas aumentou significativamente a capacidade do corpo inteiro e a capacidade do músculo esquelético para a oxidação de ácidos graxos (gorduras) durante o exercício em mulheres moderadamente ativas (9). Para aqueles que têm pouco tempo para o exercício, protocolos de treinamento  HIIT parecem ser  uma opção interessante.

PRESCRIÇÃO DE HIIT
Para a população em geral, uma grande variedade de W (work) : R (rest) pode ser utilizada numa rotina HIIT . Um 01:2 W:R , por exemplo, tem  mostrado ser eficiente para produzir respostas favoráveis ​​que aumentam tanto o desenvolvimento do sistema de energia aeróbica e anaeróbica ( 8). Para os menos aptos , a 1:04 W:R provavelmente seria mais apropriada , permitindo aclimatação em uma rotina HIIT mais intensa.
Em HIIT, a proporção de Trabalho (W) : Repouso (R) podem ser variados ao longo de um programa de treinos HIIT e  sempre tomando como base nos níveis de condicionamento individuais.
Em resumo, o HIIT pode ser um meio eficiente para melhorar a aptidão cardiorrespiratória e reduzir os níveis de gordura corporal comparado com o  treinamento aeróbio tradicional.  No entanto, devido  a natureza de alta intensidade dos protocolos HIIT deve-se tomar cuidado com o overtraining , especialmente quando combinado com treinamento de resistência pesado .
Sendo assim, fica a recomendação de que  é essencial considerar a experiência,  a condição e habilidade do aluno/cliente/atleta e incorporar o  HIIT dentro do contexto de sua / seu programa de condicionamento físico atual como um todo, cabendo ao profissional fazer essa avalição, os ajustes e as adaptações necessárias.

REFERÊNCIAS
1.    Bahr R and Sejersted OM.  Effect of intensity of exercise on excess postexercise O2        consumption.  Metabolism 40: 836-841, 1991.
2.    Billat VL, Flechet B, and Petit B.  Interval training at VO2max:  Effects on aerobic performance and overtrainig markers.  Med Sci Sports Exerc 31: 156-163, 1999.
 3.    Gibala MJ and McGee SL.  Metabolic adaptations to short-term high intensity interval training: A little pain for a lot of gain? Exerc Sport Sci Rev 36: 58-63, 2008.
4.    Gray AB, Telford RD, and Weidermann MJ.  Endocrine response to intense interval exercise.  Eur J Appl Physiol Occup Physiol 66: 366-371, 1993.
5.    Haram PM, Kemi OJ, Lee SJ, Bendheim MO, Al-Share QY, Waldum HL, Gilligan LJ, Kock LG, Britton SL, Najjar SM, and Wisloff U.  Aerobic interval training vs. continuous moderate exercise in the metabolic syndrome of rats artificially selected for low aerobic capacity.  Cardiovasc Res 81: 723-732, 2008.
6.    Kemi OJ, Haram PM, Loennechen JP, Osnes JB, Skomedal T, Wisloff U, and Ellingsen O.  Moderate vs. high exercise intensity: Differential effects on aerobic fitness, cardiomyocyte contractility, and endothelial function.  Cardiovasc Res 67: 161-172, 2005.
7.    Reuter BH and Hagerman PS.  Essentials of Strength Training and Conditioning (3rd ed).  Baechle T and Earle R, eds. Champaign, IL: Human Kinetics, 2008. pp. 499.
8.    Rozenek R, Funato K, Kubo J, Hoshikawa M, and Matsuo A.  Physiological responses to interval training sessions at velocities associated with VO2max.  J Strength Cond Res 21(1): 188-192, 2007.
9.    Talanian JL, Galloway SD, Heigenhauser GJ, Bonen A, and Spriet LL.  Two weeks of high-intensity aerobic interval training increases the capacity for fat oxidation during exercise in women.  J Appl Physiol 102: 1439-1447, 2007.
10.  Tjonna AE, Lee SJ, Rognmo O, Stolen TO, Bye A, Haram PM, Loennechen JP, Al-Share QY, Skogvoll E, Slordahl SA, Kemi OJ, Najjar SM, and Wisloff U.  Aerobic interval training versus continuous moderate exercise as a treatment for the metabolic syndrome: A pilot study.  Circulation 118: 346-354, 2008.
11.   Tremblay A, Simoneau JA, and Bouchard O.  Impact of exercise intensity on body fatness and skeletal muscle metabolism.  Metabolism 43: 814-818, 1994.

12.   Wisloff U, Stoylen A, Loennechen JP, Bruvold M, Rognmo O, Haram PM, Tjonna AE, Helgerud J, Slordahl SA, Lee SJ, Videm V, Bye A, Smith GL, Najjar SM, Ellingsen O, and Skjaerpe T.  Superior cardiovascular effect of aerobic interval training versus moderate continuous training in heart failure patients: A randomized study.  Circulation 115: 3086-3094, 2007.

Treinamento - Saiba mais sobre o movimento Burpee

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NO EXERCÍCIO "BURPEE"?  JÁ EXECUTOU UM “BURPEE”? E VÁRIOS “BURPEES” EM SEQUÊNCIA, SEM DESCANSO?  JÁ FEZ, POR ACASO, UM CIRCUITO COMPOSTO POR CINCO RODADAS DE 15 "BURPEES"? E O PROTOCOLO TABATA APENAS COM ESSE EXERCÍCIO, CONSEGUE IMAGINAR? Mas afinal que raios de exercício,  é esse? Qual a  origem do “burpee”, quem criou esse exercício e para quê?  Quem devemos cumprimentar ou repudiar?

Vou tentar fazer um resumo de informações interessantes que encontrei na internet a respeito desse exercício e como não sou dona da verdade ( aliás ninguém é) fica a dica de que cada treinador/profissional da área do movimento,   tire suas próprias conclusões ou abra o tema para mais debates e pesquisas, ficando à critério de cada um incorporar  ou  não esse exercício em suas prescrições.  De acordo com a pesquisa que eu fiz  , é evidente que há treinadores à favor dos burpees e treinadores absolutamente contra esse exercício ou com muitas restrições.
Eu particularmente, como treinadora pessoal,  costumo sim prescrever “burpees” para os meus alunos (seja do menos condicionado ao mais condicionado), e com a minha experiência e conhecimentos técnicos faço adaptações sempre que necessárias para que , de forma segura e progressiva , consigam chegar ao movimento total final e original sem adaptações e com risco reduzido de lesões. Cada caso é um caso sempre, e não estamos em guerra !!
Mas vamos lá,
Em primeiro lugar descobri, identifiquei a pessoa que  inventou  o movimento:  o inventor e homônimo do  exercício burpee é o Sr. Real Huddleston Burpee.   Daí a origem do nome do exercício. Curioso não?

QUEM ERA SR. REAL H. BURPEE?
Real H. Burpee era um fisiologista em Nova York , que na década de 30,   inventou uma versão muito mais suave  do movimento tal qual conhecemos hoje em dia, com a intenção que ele fosse feito apenas quatro vezes em sequência, como parte de um teste de aptidão.
Apesar de existirem apenas duas cópias restantes da tese de Burpee,  foi através da neta do próprio Sr. Burpee, a Sra Sheryl Burpee Dluginski, que se conseguiu reunir volume de informações e todos os detalhes sobre as origens do burpee.
Segundo Sheryl ,seu avô era um "fanático da aptidão física”.  Ela conta que em uma época (estamos falando de tempos de guerra)  em que a ciência do exercício era mais preocupada com a medição da aptidão de pessoas já “em forma”, Sr. Burpee queria uma maneira simples de avaliar a aptidão de pessoas comuns (começando com os novos membros da YMCA no Bronx, onde ele trabalhou).  Foi assim que, em 1939, quando Sr. Burpee era canditado à Ph.D. em fisiologia aplicada no Colégio de Professores, da Universidade de Columbia, ele inventou, um movimento de quatro fases que iria fornecer uma maneira rápida e precisa para avaliar a aptidão.  Só mais tarde o movimento  evoluiu para a forma  de seis fases que conhecemos hoje.   Burpee Dluginski diz que seu avô , o Sr. Burpee,  falou contra o seu movimento ser feito em grandes repetições.   Tanto que reescreveu o prefácio da edição 1946 de seu livro para explicar que ele acreditava que a modificação dos militares de seu teste de aptidão era extenuante e adequada apenas para quem já tinhaboa saúde cardiovascular. De acordo com Burpee Dluginski, seu avô não gostou de como o burpee passou a ser usado - ele acreditava que muitas repetições do movimento poderiam ser ruins tanto para os joelhos como para a parte de trás, especialmente para quem não tinha a força do núcleo/core.

Sra. Burpee Dluginski diz que o movimento original que o seu avô inventou é simples assim:
• Agache-se e coloque as duas mãos no chão na frente de você.
• Salto , pés de volta para a posição de prancha
• Salto, pés para a frente.
• Retorne à posição de pé.

Para realizar o teste de aptidão, Burpee Dluginksi diz que seu avô tomou cinco medidas diferentes da FC ( frequência cardíaca) antes e após os quatro burpees  realizados e veio com uma equação que avaliava a eficiência do coração em bombear o sangue - uma boa medida de aptidão total.
Esse exercício ficou muito comum e popular entre os militares, soldados, em guerra na época. Mas por quê?  Segundo as pesquisas que fiz encontrei  que o exercício “burpee” é provavelmente o melhor exercício para os militares.  O Treinador Jamie Atlas  do site http://blogs.denverpost.com/fitness/2013/12/02/burpees-the-exercise-you-should-never-do-again/13492/ diz que “mais especificamente, para as pessoas sendo baleadas por outras pessoas com armas.” Ele diz que “ é lógico que se um soldado não podia ir rapidamente para o chão e, em seguida, rapidamente voltar-se de pé,  eles seriam simplesmente forragem para praticar tiro ao alvo”. Então a necessidade principal  era ser capaz de cair em uma posição de tiro e, em seguida, recuperar-se ultra-rápido  para uma posição segura - e sem um certo padrão de capacidade de concluir  o movimento, eles corriam um risco significativamente maior de serem alvejados do que seus outros companheiros, mais ágeis.
Jamie Atlas é um dos treinadores que encontrei que desaconselha o exercício burpee e segundo ele como alguém  poderia  inseri-lo em um programa de treinos se o mesmo coloca seu corpo em alto risco de lesão? Para ele  a natureza dinâmica do burpee que exige flexão rápida e poderosa do joelho e coluna lombar  a  cada repetição afasta cada vez mais do benefício e aumenta  o risco de lesão em joelhos e coluna lombar. Ele aconselha algumas variações e adaptações que incluem:
* Stepping, ao invés de arremessar, os pés de volta para reduzir a carga dinâmica nas costas e joelhos.
 * Começando com as mãos em uma plataforma ou plataforma para reduzir a amplitude de movimento necessário.
Ainda para James, o burpee é um exercício criado e concebido para ser feito como um teste de aptidão e  para um curto número de repetições para prever a capacidade de um soldado para evitar morte por “chumbo”. O exercício pode ter grandes benefícios para o atleta já treinado, que precisa cair no chão rapidamente e / ou retornar rapidamente (como, talvez, o rugby ou futebol americano), mas para ele tem pouca serventia e realmente expõe a um risco significativamente maior para os moradores de cubículos  e  donas -de-casa,  mães do mundo que só querem se olhar no espelho e se sentir melhor.

DE UM TESTE DE APTIDÃO À TORTURA?
Atualmente, o  Burpee é executado como  um movimento de seis contagem - isto é, um exercício que exige que o indivíduo se mova através de seis posições diferentes, o mais rapidamente possível.  Apesar do padrão do movimento poder variar de treinador para treinador, o burpee que a maioria de nós conhecemos e amamos (ou odiamos, rs) é mais comumente realizado da seguinte forma:
• Incline-se ou agache-se e coloque as duas mãos no chão na frente de você, do lado de fora de seus pés.
• Salto com ambos os pés para trás, tomando a posição de prancha.
• Queda realizando uma flexão - seu peito deve tocar o chão.
• Empurre-se para voltar à posição de prancha.
• Salto com ambos os pés de volta em direção as mãos.
• Explosivamente saltar no ar, atingindo braços acima da cabeça em linha reta e se possível “bater uma palma”
Um único  burpee exige que todo o seu  corpo trabalhe para realizar os seis movimentos de peso corporal em uma fileira (incluindo três saltos diferentes) que o levam da vertical para horizontal e  de volta para a vertical novamente. 

Em Esparta Races, por exemplo, o burpee é utilizado como um castigo, dado aqueles participantes que não conseguem transpor um obstáculo ou realizar uma tarefa. Parece que em algumas academias de CrossFit o burpee é  uma penalidade para aqueles quem chegam atrasado para a aula – isso pode talvez, te dar a dimensão de quanto difícil e exigente é esse movimento.