segunda-feira, 26 de setembro de 2016

FREQUÊNCIA CARDÍACA E EXERCÍCIO: UMA INTERPRETAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS

FREQUÊNCIA CARDÍACA E EXERCÍCIO: UMA INTERPRETAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS
HEART RATE AND EXERCISE: AN EVIDENCE BASED INTERPRETATION




Resumo :
Nosso objetivo foi apresentar e discutir a resposta da freqüência cardíaca (FC) de modo a favorecer sua interpretação clínica, epidemiológica e para a prescrição do exercício. Em repouso, a FC é um indicador da condição autonômica do indivíduo, e que apesar de ser infl uenciada pela potência aeróbia máxima, não deve ser utilizada para sua determinação. A FC pode aumentar bastante em apenas poucos segundos de exercício em decorrência do refl exo de inibição vagal. Este tipo de situação é comum em esportes cujos movimentos podem ser súbitos e de curta duração, como o judô e o tênis, sendo possível utilizar esta informação para detecção de talentos esportivos. Durante o exercício prolongado, a FC tende a acompanhar o nível de intensidade do esforço, principalmente em exercícios de característica contínua. A FC máxima determinada por equações apresenta erros de estimativa expressivos e deve ser utilizada com certa parcimônia. Valores mais altos de FC máxima sugerem um prognóstico mais favorável em termos de risco de mortalidade. Uma rápida recuperação da FC pós-exercício, apesar de denotar baixo risco cardiovascular, não representa obrigatoriamente boa condição aeróbia. As evidências também sugerem que exercícios de fortalecimento muscular propiciam menor solicitação cardiovascular que os de característica predominantemente aeróbia. Concluindo, a utilização da FC como ferramenta diagnóstica, prognóstica ou mesmo para a prescrição do exercício deve ser baseada em evidências científi cas, de modo a diminuir os riscos e equívocos de sua interpretação e, por outro lado, potencializar sua aplicação. Palavras-chave: Freqüência cardíaca; Exercício; Atividade Física. 

Abstract :
Our objective was to present and discuss the behavior of heart rate (HR) in such a manner as to facilitate clinical and epidemiological interpretation, and its use for prescribing exercise. At rest, HR can be considered a marker of subjects’ autonomic condition, but despite being affected by maximal aerobic power, neither should not be used for estimating the other. It is possible for HR to increase rapidly within just few seconds of exercise as a result of the vagal inhibition refl ex. This kind of situation is quite common in sports in which movements may be short and sudden, such as judo and tennis, and this information could be used for detecting sports talent. During prolonged exercise, HR tends to follow the level of intensity of effort, especially in continuous exercise. Maximum HR determined by equations exhibits signifi cant estimation errors and should be used with caution. Higher values suggest a better prognosis in terms of risk of mortality. Fast recovery of baseline HR after exercise, while indicating low cardiovascular risk, does not necessarily denote good aerobic fi tness. Evidence also suggests that resistance exercises evoke a lower cardiovascular response than endurance exercises. In conclusion, the utilization of HR for the purposes of diagnosis, prognosis or exercise prescription should be evidence based, in order to diminish the risk of interpretation errors, and also to increase applicability.

Fonte:
https://www.researchgate.net/profile/Marcos_Almeida6/publication/242152330_FREQUENCIA_CARDIACA_E_EXERCICIO_UMA_INTERPRETACAO_BASEADA_EM_EVIDENCIAS/links/53e3dce60cf25d674e920256.pdf